
Jair M. Bolsonaro|May 12, 2025 13:21
- Dois pesos, duas medidas: o contraste entre os anistiados da esquerda armada e os presos do 8 de janeiro.
- Desde a promulgação da Lei nº 10.559/2002, o Brasil já destinou mais de R$ 3,4 bilhões em dinheiro público para reparações de pessoas “perseguidas” entre 1946 e 1988 - período que inclui militantes da esquerda armada, muitos dos quais participaram de assaltos, sequestros, assassinatos e atentados contra civis e autoridades durante a ditadura militar.
- Essas reparações incluíram:
. Pagamentos mensais vitalícios, com retroativos calculados desde 1988;
. Indenizações de até R$ 100 mil, mesmo sem comprovação de vínculo trabalhista perdido;
. E mais recentemente, desculpas oficiais do Estado a grupos como os povos Krenak, Kaiowá e à comunidade japonesa - embora nesses casos, sem indenizações.
- Até 2009, 23 mil pedidos de anistia foram aprovados, dos quais 10 mil renderam compensações econômicas. Ou seja, milhares de brasileiros receberam reconhecimento oficial e dinheiro por ações e ideologias que, à época, atentavam contra o regime e suas instituições.
- Agora, compare-se isso à realidade vivida por cidadãos comuns que estiveram presentes nos protestos de 8 de janeiro de 2023. Mais de 2 mil pessoas foram presas, muitas delas sem antecedentes criminais, algumas idosas, mães de família ou trabalhadores, que jamais pegaram em armas. Destas, centenas já foram condenadas a quase duas décadas de prisão, inclusive por crimes como “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, mesmo sem evidências concretas de envolvimento direto em atos de vandalismo.
- Enquanto a narrativa oficial e jurídica trata com compreensão e indenização quem participou de ações VERDADEIRAMENTE armadas no passado - até sequestros como o de Abílio Diniz tiveram intercessão política por parte de líderes como Lula e FHC - hoje manifestantes com bandeiras e orações são tratados como terroristas. Alguns apenas estavam presentes no local e muitos sequer tiveram o direito à ampla defesa respeitado.
- Não se trata de negar responsabilizações. Mas como explicar que um militante que participou de sequestros, como alguns integrantes do MIR ou da VAR-Palmares, receba indenização vitalícia com recursos do Estado, enquanto um pai de família que protestava em Brasília enfrenta 17 anos de cadeia, sem qualquer histórico de violência?
- A pergunta que ecoa é clara: anistia para uns, prisão perpétua disfarçada para outros?
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